quarta-feira, 20 de março de 2013

Livro: "Fazer o bem faz bem" - Maria Helena Gouveia

O livro "Fazer o bem faz bem", de Maria Helena Gouveia, apresenta a história de um grupo de pessoas, que com muito amor, sem esperar nada em troca, dedicaram tempo de sua vida para acarinhar outras vidas. Trabalhos que da boa vontade de querer ajudar os outros foram fortalecidos por outras boas vontades, resultando no que chamamos de entidades sociais.

Aonde o primeiro setor, que são as organizações governamentais, ou seja, o Estado e o segundo setor, que é o privado, não regem diretamente no que chamamos de terceiro setor. Esse voltado para o exercício de cidadania, dando assistência aos carentes e sem fins lucrativos.

Um setor que sobrevive de pessoas cheias de ideias, aonde a comoção desperta um grande sentimento nas pessoas, que voluntariamente se dão ao projeto, sem esperar retribuição de outrem, porque o maior ganho de tudo isso é a sensação de dever cumprido. Se pensarmos bem, não é bem um dever cumprido, mas sim um sentimento de satisfação pelo resultado obtido. O termo dever implicaria em obrigação e isso não caberia a entrega dessas pessoas nesses projetos.

Pessoas que da experiência própria de vida, a usaram para dar forças às outras que passam ou passaram pela mesma situação. Como é o caso de Victor Siaulys, que de uma experiência real com a sua filha, uma deficiente visual, se interessou e foi além dos assuntos que se tratava de deficiência visual e fundou a Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual - Laramara.

Pessoas que de um coração solidário viu esperança aonde não tinha. Como é o caso de Liana Muller Borges, fundando a Associação Criança Brasil, em 1990, iniciando o seu trabalho com as crianças da favela, abrindo uma creche para que as mães fossem trabalhar. Acreditando naquelas crianças. Com a ideia de que elas são o começo de tudo. Ela visou em seu projeto a colocação daquelas crianças em um lugar na sociedade, não visando apenas o emprego, mas sim a formação enquanto o cidadão.

Da mesma forma solidária fez Wellington Nogueira, que poderia ser um astro da Broadway e preferiu focar o seu exercício da profissão no projeto "Doutores da Alegria". Um projeto que leva a alegria e a felicidade para aquelas pessoas que de alguma forma procuram a esperança de vida em cima de uma cama de hospital.

Assim como Wellington e outras entidades como AACD, Casa HOPE, Promove, entre outras, também estão aí plantando as sementinhas. Assim, conscientizando e trazendo uma melhora na sociedade, que nos últmos tempos vem sendo intitulada como egoísta e individualista. Sementinhas que contradiz aquela frase formada de que  "o mundo não tem mais jeito", talvez não consiga mudar de uma hora para a outra, mas sim pouco a pouco.

Avaliação:   😊😊😊😞😞

segunda-feira, 18 de março de 2013

Zuim e o carrossel


Em uma aldeia muito distante, rodeado pelos montes mais altos do mundo, vivia um mago muito poderoso e seu bichano de pelos negros. Todos que viviam por ali tinham medo deles. Viviam trancados no castelo. Zuim era o seu nome. Um mago rico e tinha tudo o que queria, mas era infeliz e maldoso. Aproveitava de seus dons para fazer maldade em seu povo. Em seu coração carregava uma revolta de infância.
Quando era pequeno, a sua mãe nunca o deixou sair de noite. Seus amigos viviam chamando o pequeno mago para brincar no carrossel.
- Mãe, eu posso ir com os meus amigos brincar no carrossel?
- Não, menino! Quantas vezes eu tenho que dizer não? Vai ler os seus livros.
E assim, todas as noites, enquanto todos iam felizes brincar no carrossel, ele ficava em casa lendo os seus livros de magia. Seus amigos o zombavam por causa disso. Ele ficou com ódio da noite e das pessoas felizes.
 O tempo foi passou, Zuim se tornou um grande mago, mas o seu rancor pela noite não desapareceu. Toda noite, da janela do seu castelo, ele via as pessoas felizes, e ficava irritado. Eram crianças brincando, casais apaixonados, o sorveteiro e o pipoqueiro que não paravam de trabalhar, e a lua e as estrelas brilhando e sorrindo para as pessoas como sempre. Então, ele decidiu que queria acabar com tudo aquilo.
Foi até o seu grande livro e encontrou a magia que queria. Caminhou até a janela e começo a pronunciar as palavras.
- AZ BRILHUM ESTRELAS VIM BUM BIM
  GIM BIM NAM ESCALAPIM BUM...
Os brilhos de algumas estrelas vieram e pousaram em uma grande bola de cristal, presa por três pés no meio da sala.
            - Hum! É isso! Toda noite roubarei um pouco do brilho das estrelas. A noite acabará! E ninguém mais será feliz.
Solta uma risada escandalosa. Aponta para o bichano.
            - Você, meu fiel e companheiro amigo, tomará conta desse meu tesouro.
Como resposta.
            -Miaaaaaauuuuuu!
            - Eu sei. Você é único que me entende!
Todas as noites ele roubava um pouco do brilho das estrelas. A noite foi ficando sem brilho. A lua foi sentindo falta de suas filhas estrelas que não brilhavam mais. Ela, então, adoeceu e foi parando de iluminar a aldeia. As pessoas com medo da escuridão, não saiam mais. O mago foi ficando feliz.
            Uma noite, porém:
            - Pronto! Já fiz o meu trabalho de hoje. Falta pouco! Amanhã eu termino de pegar todos os brilhos que me restam.
Solta uma risada apavorante, dá um beijo na bola, passa a mão nos pelos de bichano e sai.
De repente, um rato invade a sala. O bichano vai atrás. Um corre-corre daqui e dali. Derruba livro, poções, e sem perceber, esbarra em um dos pés que apoiava a bola. A bola saiu rolando. O mago aparece:
            - Nãããããããoooo!!!
A bola saiu rolando pela janela afora. Caiu no jardim em cima de uma pedra. A bola se quebrou e todos os brilhos subiram para o céu. As estrelas voltaram a reluzir. A lua feliz ficou e voltou a brilhar. O poderoso mago se pôs a chorar. Ficando triste demais. As pessoas felizes voltaram a sair de suas casas.
A lua resolveu ajudar o pobre mago. Reuniram todas as estrelas e fizeram uma surpresa para o mago. Montam um enorme carrossel em seu jardim. Ele maravilhado, monta em um dos cavalos. Com a ajuda de sua sabedoria em magia, coloca o brinquedo para funcionar. Levando Zuim em direção ao céu, sorrindo para a lua e as estrelas.
Todas as noites, então, ele passou a chamar o povo de sua aldeia para dar um passeio no carrossel. Começou a fazer amigos e a usar a magia para fazer o bem. Para sempre, Zuim foi feliz com a noite.
            Espere! Tem alguém que não ficou feliz com tudo isso, o bichano. Ele virou brinquedo da criançada.
            - Miaaaaaaauuuuuuu!