O livro "Fazer o bem faz bem", de Maria Helena Gouveia, apresenta a história de um grupo de pessoas, que com muito amor, sem esperar nada em troca, dedicaram tempo de sua vida para acarinhar outras vidas. Trabalhos que da boa vontade de querer ajudar os outros foram fortalecidos por outras boas vontades, resultando no que chamamos de entidades sociais.
Aonde o primeiro setor, que são as organizações governamentais, ou seja, o Estado e o segundo setor, que é o privado, não regem diretamente no que chamamos de terceiro setor. Esse voltado para o exercício de cidadania, dando assistência aos carentes e sem fins lucrativos.
Um setor que sobrevive de pessoas cheias de ideias, aonde a comoção desperta um grande sentimento nas pessoas, que voluntariamente se dão ao projeto, sem esperar retribuição de outrem, porque o maior ganho de tudo isso é a sensação de dever cumprido. Se pensarmos bem, não é bem um dever cumprido, mas sim um sentimento de satisfação pelo resultado obtido. O termo dever implicaria em obrigação e isso não caberia a entrega dessas pessoas nesses projetos.
Pessoas que da experiência própria de vida, a usaram para dar forças às outras que passam ou passaram pela mesma situação. Como é o caso de Victor Siaulys, que de uma experiência real com a sua filha, uma deficiente visual, se interessou e foi além dos assuntos que se tratava de deficiência visual e fundou a Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual - Laramara.
Pessoas que de um coração solidário viu esperança aonde não tinha. Como é o caso de Liana Muller Borges, fundando a Associação Criança Brasil, em 1990, iniciando o seu trabalho com as crianças da favela, abrindo uma creche para que as mães fossem trabalhar. Acreditando naquelas crianças. Com a ideia de que elas são o começo de tudo. Ela visou em seu projeto a colocação daquelas crianças em um lugar na sociedade, não visando apenas o emprego, mas sim a formação enquanto o cidadão.
Da mesma forma solidária fez Wellington Nogueira, que poderia ser um astro da Broadway e preferiu focar o seu exercício da profissão no projeto "Doutores da Alegria". Um projeto que leva a alegria e a felicidade para aquelas pessoas que de alguma forma procuram a esperança de vida em cima de uma cama de hospital.
Assim como Wellington e outras entidades como AACD, Casa HOPE, Promove, entre outras, também estão aí plantando as sementinhas. Assim, conscientizando e trazendo uma melhora na sociedade, que nos últmos tempos vem sendo intitulada como egoísta e individualista. Sementinhas que contradiz aquela frase formada de que "o mundo não tem mais jeito", talvez não consiga mudar de uma hora para a outra, mas sim pouco a pouco.
Avaliação: 😊😊😊😞😞
quarta-feira, 20 de março de 2013
segunda-feira, 18 de março de 2013
Zuim e o carrossel
Em uma aldeia muito distante, rodeado pelos montes mais
altos do mundo, vivia um mago muito poderoso e seu bichano de pelos negros.
Todos que viviam por ali tinham medo deles. Viviam trancados no castelo. Zuim
era o seu nome. Um mago rico e tinha tudo o que queria, mas era infeliz e
maldoso. Aproveitava de seus dons para fazer maldade em seu povo. Em seu
coração carregava uma revolta de infância.
Quando era pequeno, a sua mãe nunca o deixou sair de noite.
Seus amigos viviam chamando o pequeno mago para brincar no carrossel.
- Mãe, eu posso ir com os meus amigos brincar no carrossel?
- Não, menino! Quantas vezes eu tenho que dizer não? Vai
ler os seus livros.
E assim, todas as noites, enquanto todos iam felizes
brincar no carrossel, ele ficava em casa lendo os seus livros de magia. Seus
amigos o zombavam por causa disso. Ele ficou com ódio da noite e das pessoas
felizes.
O tempo foi passou,
Zuim se tornou um grande mago, mas o seu rancor pela noite não desapareceu. Toda
noite, da janela do seu castelo, ele via as pessoas felizes, e ficava irritado.
Eram crianças brincando, casais apaixonados, o sorveteiro e o pipoqueiro que
não paravam de trabalhar, e a lua e as estrelas brilhando e sorrindo para as
pessoas como sempre. Então, ele decidiu que queria acabar com tudo aquilo.
Foi até o seu grande livro e encontrou a magia que queria. Caminhou
até a janela e começo a pronunciar as palavras.
- AZ BRILHUM ESTRELAS VIM BUM BIM
GIM BIM NAM
ESCALAPIM BUM...
Os
brilhos de algumas estrelas vieram e pousaram em uma grande bola de cristal,
presa por três pés no meio da sala.
- Hum! É isso! Toda noite roubarei
um pouco do brilho das estrelas. A noite acabará! E ninguém mais será feliz.
Solta
uma risada escandalosa. Aponta para o bichano.
- Você, meu fiel e companheiro
amigo, tomará conta desse meu tesouro.
Como
resposta.
-Miaaaaaauuuuuu!
- Eu sei. Você é único que me
entende!
Todas
as noites ele roubava um pouco do brilho das estrelas. A noite foi ficando sem
brilho. A lua foi sentindo falta de suas filhas estrelas que não brilhavam
mais. Ela, então, adoeceu e foi parando de iluminar a aldeia. As pessoas com
medo da escuridão, não saiam mais. O mago foi ficando feliz.
Uma noite, porém:
- Pronto! Já fiz o meu trabalho de
hoje. Falta pouco! Amanhã eu termino de pegar todos os brilhos que me restam.
Solta
uma risada apavorante, dá um beijo na bola, passa a mão nos pelos de bichano e
sai.
De repente, um rato invade a sala. O bichano vai atrás. Um
corre-corre daqui e dali. Derruba livro, poções, e sem perceber, esbarra em um
dos pés que apoiava a bola. A bola saiu rolando. O mago aparece:
- Nãããããããoooo!!!
A bola
saiu rolando pela janela afora. Caiu no jardim em cima de uma pedra. A bola se
quebrou e todos os brilhos subiram para o céu. As estrelas voltaram a reluzir. A
lua feliz ficou e voltou a brilhar. O poderoso mago se pôs a chorar. Ficando triste
demais. As pessoas felizes voltaram a sair de suas casas.
A lua resolveu ajudar o pobre mago. Reuniram todas as estrelas
e fizeram uma surpresa para o mago. Montam um enorme carrossel em seu jardim. Ele
maravilhado, monta em um dos cavalos. Com a ajuda de sua sabedoria em magia,
coloca o brinquedo para funcionar. Levando Zuim em direção ao céu, sorrindo
para a lua e as estrelas.
Todas
as noites, então, ele passou a chamar o povo de sua aldeia para dar um passeio
no carrossel. Começou a fazer amigos e a usar a magia para fazer o bem. Para
sempre, Zuim foi feliz com a noite.
Espere! Tem alguém que não ficou
feliz com tudo isso, o bichano. Ele virou brinquedo da criançada.
- Miaaaaaaauuuuuuu!
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