segunda-feira, 29 de abril de 2013

Filme: "Homem de Ferro 3"


Título Original: Iron Man 3
Título do Filme: Homem de Ferro 3
Gênero: Ação / Ficção Científica
Ano: 2013
Tempo de duração: 2h 11 min;
País de origem: EUA
Diretor: Shane Black
Com: Robert Downey Jr., Ben Kingsley, Don Cheadle, Samuel L. Jackson, Gwyneth Paltrow, Jon Favreau, Guy Pearce, Luke Falconer, James Badge Dale

O filme “Homem de Ferro 3” é a continuação de “Homem de Ferro” e “Homem de Ferro 2”, personagem da Marvel Comics. Eu diria que é um filme muito bem feito, bem redondinho, típico de americano. Gosotoso de se ver. Difícil é desviar a atenção e perder uma parte que seja do filme.

Como qualquer outro filme de super-heróis americanos, traz uma característica clássica. Além dos efeitos especiais, todo aquele ilusionismo de grandes explosões, aquela coisa de destruições devastadoras carregando todo mundo, pessoas fugindo de destruições maiores que um ser humano suportaria, como algo que se parecesse que o mundo vai acabar, algo sobrenatural. Pois é, tudo isso é muito óbvio nesses filmes, mas que deixa todo mundo com a atenção voltada ao filme. Sem piscar, na maioria das vezes.

Mas a grande característica que jamais pode faltar, seria até um insulto para os americanos, é a de que todos esses super-heróis que conhecemos representam a América do Norte, para ser mais específico os EUA. Como se dizendo que somos o dono do mundo, ou será que é por acaso que as vestes dos super-heróis geralmente são representadas pelas cores da bandeira do país americano? Em “Homem de Ferro 3”, a armadura recebeu a cor vermelha e um tom azulado, deixando claro que as cores originais são vermelhas e douradas.

Lembrando que o nacionalismo dos americanos é muito grande, na vida real mesmo, os super-heróis representam a figura do povo e o presidente está sempre protegido por eles. A figura de que Tony Stark, representado por Robert Downey Jr., vulgo Homem de Ferro, deixa bem claro tudo isso.

Não podemos esquecer que eles sempre estão combatendo alguém, como inimigos ou catástrofes, como no sentido figurativo, eles sendo os superiores do mundo, até mesmo da galáxia, porque seres de outros planetas eles também acabam de um jeito ou de outro vencendo.

O que acontece é que Tonny Stark tem terríveis pesadelos ou não consegue dormir por causa do uso da armadura de Homem de Ferro. Mandarim, interpretado por Guy Pearce, é um deles. Ele destrói a casa de Tonny e Pepper Pottys (Gwyneth Paltrow), sua namorada. E assim fica, há até a impressão de que alguém está ameaçando a América do Norte.

Tem uma frase que o suposto Mandarim, que na verdade era um ator assumindo a sua figura, muito parecido com o estereótipo do povo do Oriente Médio, o Ben Kingsley que diz: Quem inventou o biscoito chinês não foram os chineses, foram os americanos, porque é oco por dentro e quando comemos deixa um gostinho amargo na boca. Como tom de provocação.

Raptam o presidente dos EUA. Toda a farsa é desmascarada e o Homem de Ferro descobre a verdadeira identidade de Mandarim. Há o confronto e como é de praxe, o super-herói vence. E assim termina mais uma história de super-herói americano. Com final feliz e a América salva das garras do inimigo.

domingo, 28 de abril de 2013

"O CAÇADOR DE PIPAS" - Khaled Hosseini

Quando a gente fala em "O caçador de pipas”, algumas pessoas associam logo com o filme, mas mal sabem o que está perdendo deixando de ler o livro. Não estou querendo dizer que o filme é ruim, mas como todos sabem, filme é filme. Um resumo bem contado de alguma obra, e é exatamente o que acontece com essa obra.

Um romance muito bem escrito, cheio de detalhes e fatos minuciosamente detalhados. Muito emocionante. Apresentando a cultura e a história do povo afegão. Há uma evolução nos fatos que dificilmente alguém que comece a lê-lo vai querer parar. Quem narra a história é Amir, um dos personagens principais, que se torna romancista famoso, um afegão que vai para os EUA e resolve voltar ao seu país de origem para acerto de contas com o seu passado.

“...descobri que não é verdade o que dizem a respeito do passado, essa história de que podemos enterrá-lo. Porque de um jeito ou de outro, ele sempre consegue escapar.” 

O pano de fundo da história ocorre no Afeganistão, em Cabul, nos anos 70, quando ele começa a relembrar a sua infância. Amir e seu amigo Hassan, ambos amamentados pela mesma mulher, apesar desse fato, havia uma coisa que impedia que eles fossem iguais socialmente. O pai de Amir era rico e muito respeitado pelos afegãos, enquanto Hassan era apenas o filho do empregado na casa de Amir.

Amir soltava pipas como ninguém, já Hassan um ótimo catador de pipas, sabia exatamente aonde a pipa caía. Ignorante, sem estudo, com lábios leporinos, Hassan era um fiel amigo de Amir, defendia-o das brigas. Certo dia, porém, aos 12 anos, Amir vence a batalha das pipas, Hassan vai ao encontro da última pipa, ele encontra Assef, seus inimigos. Amir vai ao encontro de seu amigo, quando se depara com a cena de seu amigo sendo brutalmente violentado por Assef. Amir sem coragem de impedir tal violência prefere se esconder, fingindo não saber do acontecido.

Com esse peso que ele carregava consigo e impotente diante daquela situação, ele não conseguia mais ver o amigo em sua casa e acaba preparando uma armadilha. Vai até a casa de Hassan e esconde um relógio de pulso e dinheiro no colchão do amigo. Inocentemente, Hassan assume o crime e ele e seu pai Ali mudam para Hazarajat. Seu amigo nunca mais o vê, mas ele vive atormentado com a traição.

“Abri a boca e quase disse algo. Quase. O resto da minha vida poderia ter 
sido diferente se eu tivesse dito alguma coisa naquela hora. 
Mas, não disse. Só fiquei olhando. Paralisado.”

Com o novo regime soviético, Amir e Baba, o seu pai, vão para EUA. Lá seu pai trata de um câncer de pulmão. Amir conhece Soraya Taheri, e se casa conforme os seus costumes, de uma maneira tradicional. Soraya cuida de Baba até morrer. Os anos se passam e o casal descobre que não podem ter filhos.

Amir vai ao encontro de Rahim Khan, que vivia em Peshawar, no Paquistão , um amigo de infância, que conta tudo o que aconteceu depois da guerra civil. Fica sabendo também que esse amigo foi morar no casarão que era de Amir e Baba, levando Hassan, sua mulher e o filho, o Sohrab. Passados os anos Hassan e sua mulher vão para Cabul e são assassinados por um soldado talibã e Sohrab vai para o orfanato.

Rahim pede para que vá ao Afeganistão e pegue Sohrab. Para fazer com que Amir vá fazer isso, Rahim revela um segredo de família e descobre que Hassan era seu meio-irmão, pois Ali era estéril e Baba o seu verdadeiro pai, dessa forma, Sohrab seria o seu meio-sobrinho.

Depois de muito pensar, Amir vai para Cabul e descobre o orfanato que o menino está. Chegando lá ele descobre que o menino foi levado por um oficial Taliban, o Assef, e o usava como escravo sexual. Há uma luta entre Assef e Amir aonde Assef fica caolho uivando de dor, graças a Sohrab por salvar Amir. Os dois fogem para o Paquistão, Amir tenta adotar o menino, mas há problemas, Sohrab fica sabendo que terá que ficar no orfanato, tenta se suicidar cortando o pulso, mas Amir chega a tempo. Descobrem um meio de levar o menino para os EUA. Como o ano novo afegão é celebrado com uma competição de pipas, Amir leva o menino para soltar pipa, o menino fica contente, demonstrando apenas com um sorriso e há um novo recomeço na vida dos dois. Como se aquilo que tanto pesava durante todos esses tempos na vida de Amir fosse libertado, que todo aquele sentimento de culpa se foi. E para Sohrab, uma nova vida.

“— Por você, faria isso mil vezes! — me ouvi dizendo.
Virei, então, e saí correndo.
Tinha sido apenas um sorriso, e nada mais. As coisas não iam se ajeitar por causa disso. Aliás, nada ia se ajeitar por causa disso. Só um sorriso. Um sorriso minúsculo. Uma folhinha em um bosque, balançando com o movimento de um pássaro que alça vôo.
Mas me agarrei àquilo. Com os braços bem abertos. Porque, quando chega a primavera, a neve vai derretendo floco a floco, e talvez eu tivesse simplesmente
testemunhado o primeiro floco que se derretia.
Saí correndo. Um adulto correndo em meio a um enxame de crianças que gritavam. Mas nem me importei. Saí correndo, com o vento batendo no rosto e um sorriso tão grande quanto o vale do Panjsher nos lábios.
Saí correndo.” 


Avaliação:   😊😊😊😊😊

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Um vilão chamado tomate

Em um lugar conhecido e ao mesmo tempo desconhecido por todos nós, vive vários grupos de indivíduos. Eles costumam ser estranhos. São pessoas, animais que se assemelham a homens, e homens que são verdadeiros animais. Interprete isso como você quiser.

Todos de um modo ou outro se alimentam de coisas provenientes da terra. A terra é algo muito curiosa, dela surgem coisas impressionantes. Uma dessas coisas é um legumes muito desejado ultimamente por muitas donas de casa. Agora fiquei em dúvida, será que é um legumes ou fruta? Muito bem! Seja lá o que for, é o tomate.

Outro dia eu fui ao mercado, nem queria comprar tomate, fui conferir o preço. Todos comentavam, mas eu não acreditava. Foi então que fui surpreendida:

- Mãos para o alto, é um assalto!

Calma gente, esse foi o meu pensamento diante do preço que estava à minha frente. O tomate estava custando R$ 14,00 o quilo. Saí de lá pensando nas baboseiras, mas com fundo de verdade, que havia visto nas redes sociais. Coisas do tipo: colar com tomate no lugar da pérola; tomate em caixinha de aliança; a Dilma dizendo: agora eu quero ver jogar tomate nos políticos; eu sou rica!! Comi tomate; e por aí vai, tomate, mais tomate e tomate.

Tinha até um movimento para que ninguém comprasse tomate, dessa forma, os preços despencariam e assim, como Cinderela em seu conto, eles de princesas ficariam ralé.

Sonhei com isso. Juro! Em meu sonho:

Toda a população de tomate estava sendo caçada, como Judeus sendo caçados por Hitler e seus aliados na Segunda Guerra Mundial, e exterminados. E era um corre-corre daqui e de lá, tudo para que o culpado da inflação fosse punido.

Assim toda a população de tomate em massa, massa de tomate virou.

Os problemas não foram resolvidos e aquilo que eles achavam que fossem o vilão da história, calado foi.

E por aqui fico 'in memoriam' a todas as famílias de tomate.

Brincadeiras a parte, agora realmente, por aqui fico, e pensando se não fosse o tomate, qual seria o outro culpado da história?

terça-feira, 16 de abril de 2013

Aquário de São Paulo

Sou uma daqueles milhares de pessoas que até então não tinha ido visitar o Aquário de São Paulo mesmo morando aqui faz onze anos. Desculpas vão, desculpas vêm, e nunca tinha tempo para ir. Talvez por preguiça mesmo, mas o querer ir nunca saiu de minha cabeça. Foi então que resolvi ir.

No meio dessa cidade agitada, um lugar sereno e calmo em meio de água tanto doce, como salgada, a tranquilidade preserva. Como uma dança, espécies enormes, ficam a desfilar para cima e para baixo em um milhão de litros de água salgada. Espécies um pouco menor de água doce também mostram a sua beleza em tanques medianos. E no meio de toda essa calma, o bicho preguiça, o tamanduá, a cobra e os macacos dormem em um sono profundo. Somente os morcegos fazem balbúrdia.

É de se espantar com a variedade de espécies aquáticas que o local preserva. Muitos que não conseguiríamos jamais ver tão de perto, e vivo, lá a gente consegue ver. Tão próximo que vira modelo fotográfico para muitos visitantes. Espanto para muitas crianças, admiração de muitos adultos, e curiosidade de todos.

Além de todas essas atrações, o espaço apresenta meios de se ter uma preservação ambiental, as causas que ocorre a não preservação, deixando claro a importância e a responsabilidade que todos devem ter com o meio ambiente. Afinal estamos inseridos nele. A falta de preservação que pode levar a morte de animais semelhantes com aquele que achamos bonitos do outro lado do vidro.

O local também tem um pequeno museu com fósseis de peixes, tubarão, tartaruga, réplica de alguns animas antigos. Um Vale dos Dinossauros apresenta espécies da pré-história, todo mecanizado. Havia presença de esqueletos de alguns dinossauros. A evolução das características físicas do homem também podia ser visto em uma rápida passagem.

E para finalizar o passeio, nada mais do que ver os alegres e fanfarrões pinguins atraindo a atenção das criançadas e dos marmanjões. Como se eles fizessem questão de chamar atenção, lá estavam eles próximos da gente mergulhando e fazendo as suas traquinagens.

Um passeio interessante para todas as idades. Deixaria qualquer um impressionado com tanta beleza que esse mundo ainda tem, mesmo sabendo de tantas dificuldades para preservar. Mas mesmo diante de tanta dificuldade, incentivos de preservação como mostra o local, pode ser uma das soluções para que haja uma modificação cultural em um determinado povo, e assim se expandindo até que toque naqueles que realmente precisam.

Para quem se interessou e quer dar um passeio por lá, assim como eu fiz: http://www.aquariodesaopaulo.com.br/

sexta-feira, 12 de abril de 2013

SONHOS E RECÔNCAVO - pintura de Suzart


Em meio de traços delicados ondulantes como sopros de um sonho, as obras do artista visual Suzart apresentam o sonho e a cultura popular do Recôncavo Baiano. Desejos que muitas vezes ficam apenas no imaginário das pessoas pertencentes àquelas regiões, sonhos deixados para trás por não ter opção de realização, mas que através das cores o artista dá um colorido para eles. Os traços em conjunto com as cores dão o ar da mescla de raças daquela região.

O artista Valdney Suzart é natural de Muritiba, cidade localizada no interior da Bahia, teve seus trabalhos premiados no Brasil, e em outros países como na Alemanha, Estados Unidos e Senegal. A exposição conta com quinze novas obras do artista.
Em suas pinturas apresenta técnicas acrílicas, carvão ou mistas. São obras pós-modernista são simples, mas diz muita coisa quando bem apreciada.

Nelas há a presença de pessoas e objetos, mergulhados em um mundo real, irreal ou os dois juntos. Algumas provocando uma angústia enorme, outras, uma tranquilidade sombria. As cores ajudam a contar a história de cada pintura, ora cores fortes para causar impacto, como se elas estivessem gritando para o espectador, ora cores claras para refletirmos e penalizarmos com a cena diante de nós.

Em meio de traços delicados, cheio de detalhes, muitos mistérios e poesias resumem as suas obras, tornando expressivo cada tela, sem que precisemos usar a nossa razão para entender o que se passa, mas apenas nossas emoções, dizendo para nós mesmos o que ele diz.

São joias que muito não verão tanta preciosidade, mas que há muito valor. Dizendo sobre uma região de um país que moramos, sobre a cultura daquele povo, pessoas que moram lá, e muitas vezes coisas que não é somente característico daquela região, mas assim como ela, outras também podem se semelhar. Um Brasil de misturas, mas que muitos se identificarão, não apenas com a semelhança de cultura, mas sentimentos, sonhos e realidades deixadas para trás.

Essa exposição ocorreu no Centro Cultural da Caixa Econômica Federal, nos dias 08/12/2012 até 24/02/2013, mas, só consegui escrever agora. Para quem se interessar, apesar de não dar mais para apreciar as obras ao vivo, vale a pena ver algumas delas na internet.

Imagens retiradas do site: 
http://9dadesasolta.wordpress.com/tag/roset/
http://500px.com/RodrigoCapulleto