sábado, 28 de janeiro de 2017

"Harry Potter e a Câmara Secreta" - J. K. Rowling

Bom! Esses dias eu escrevi sobre o primeiro livro da saga Harry Potter, para quem tiver interesse, quiser ler sobre ele e, também, em relação a minha opinião dos outros livros da saga, aqui está: "Harry Potter e a Pedra Filosofal", de J.K. Rowling. Nesse post, eu vou escrever mais sobre a história em si. Esclarecido, vamos lá! Dando continuidade a saga Harry Potter, hoje vou escrever sobre o segundo livro dos sete. O livro, então, é "Harry Potter e a Câmara Secreta", de J. K. Rowling.

Passado quase um ano, seus tios Dursley ainda estavam muito enfurecidos com o que havia ocorrido na véspera do aniversário de Harry. Agora, eles estavam atentos a qualquer ato de anormalidade de seu sobrinho, que fora passar os dias de férias da Escola de Hogwarts na casa deles. Para piorar mais a situação, Dobby, um elfo doméstico, aparece para dar um recado a Harry e acaba gerando uma grande confusão na casa. Que recado seria esse?...Seus tios prendem o garoto, para que não pudesse, de forma alguma, ter contato com os 'anormais'. Era exatamente o que Dobby queria. Por que ele queria tanto isso?

Naquela noite, Rony não obtendo respostas das cartas que havia enviado, vai até a casa do amigo, e descobre que ele está preso. Com o carro flutuando do lado de fora, na janela de um quarto em que Harry estava, os irmãos Weasley ajudam na fuga. Faz um barulho estrondoso, e todos da casa acordam. Seu tio tenta impedir a fuga mas, infelizmente, nada consegue. Lá estava os Weasley e Harry, rumo a Toca, ou melhor, casa dos Weasley.

Os assédios a Harry não pararam. A irmã de Rony, Gina Weasley estava obcecada por ele, tipo aquelas fãs número um de algum ídolo. Todos vão para comprar os livros escolares e encontra Gilderoy Lockhart, o autor de quase todos os livros da lista escolar, em uma sessão de autógrafo. Diante dos jornalistas, fotógrafos e todos que ali estavam:

“Quando o jovem Harry entrou na Floreios e Borrões hoje, ele queria apenas comprar a minha autobiografia, com a qual eu terei o prazer de presenteá-lo agora.”

Na verdade ele nem sabia do que se tratava esse lançamento. Teria que aturá-lo como professor de Defesa Contra as Artes das Trevas e pelos corredores de Hogwarts.

Em Hogwarts muitas coisas acontecem. Novas aventuras, novos professores e alunos, e Harry continuava se metendo em confusões, levando junto seus amigos, Rony e Hermione. A Câmara Secreta fora aberta. O principal suspeito? Harry Potter. Os professores achavam tudo isso um grande mito, por isso, preferiam não alimentar a curiosidade.

Mas dizem que na Câmara Secreta se esconde um grande monstro que mata todos os bruxos que não são sangue-puro, ou seja, que tenha pai ou mãe que não são bruxos. Sendo ela aberta, o monstro estava liberto.

O monstro era o Basilisco, o Rei das Serpentes, uma criatura enorme. Suspeitaram de Harry por ele saber a linguagem das cobras. Seu olhar quando encarado é capaz de matar qualquer um, mas quem olhar pelo reflexo, fica petrificado.

"Das muitas feras e monstros medonhos que vagam pela nossa terra não há nenhum mais curioso ou mortal do que o basilisco, também conhecido como rei das serpentes. Esta cobra, que pode alcançar um tamanho gigantesco e viver centenas de anos, nasce de um ovo de galinha, chocado por uma rã. Seus métodos de matar são os mais espantosos, pois além das presas letais e venenosas, o basilisco tem um olhar mortífero, e todos que são fixados pelos seus olhos sofrem morte instantânea. As aranhas fogem do basilisco, pois é seu inimigo mortal, e o basilisco foge apenas do canto do galo, que lhe é fatal."

Começam a aparecer petrificações. A começar pela gata, Madame Nora, que viu pelo reflexo da água no chão. Depois, o aluno, Colin Creevey, da casa Grifinória, que adorava tirar foto, que viu por meio da câmera. O Justino que viu através de Nick-Quase-Sem-Cabeça, que impossivelmente morreriam mesmo se vissem olho a olho, por serem fantasmas. Hermione, que viu através do espelho.

Gina havia sido capturada e estava na Câmara Secreta. Harry e Rony vão tentar resgatá-la. Muitas coisas ocorrem. O que teria acontecido com os dois garotos? Quem estaria por trás de tudo isso? Qual o intuito de tudo isso? Quem teria aberto a Câmara Secreta? As respostas para essas perguntas deixo para que vocês descubram lendo essa incrível e fascinante história. Corra ler o livro!

Avaliação:   😊😊😊😊😊

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

"Harry Potter e a Pedra Filosofal" - J. K. Rowling

Hoje, eu vou escrever sobre um livro que amo de paixão. Eu não ia escrever sobre ele por ser um livro que quase todo mundo conhece, tem milhares de resenhas sobre ele, muitos já viram o filme e tudo mais. Mas enfim, estou escrevendo a pedido de algumas pessoas que adoram a forma como escrevo, e por amar demais a história. O livro é "Harry Potter e a Pedra Filosofal", de J. K. Rowling, sendo esse o primeiro da saga Harry Potter, que é composta por sete livros.

A primeira vez que vi esse livro, ele nem era essa febre toda que é hoje em dia. Para terem uma ideia, eu comprei os quatro primeiros livros em um sebo, a preço de banana, ainda não existia os outros. Quando comecei a ler, a leitura me fascinou tanto que li os quatro livros em menos de um mês. O pior de tudo isso, aquela curiosidade, quando será que a autora vai lançar o próximo. Sei que ela deu certo intervalo entre o livro quatro, "Harry Potter e o Cálice de Fogo", para o quinto livro, "Harry Potter e a Ordem Fênix". Que agonia! Aliás, os livros seguintes, a agonia era a mesma. Lançava, eu corria para a livraria, comprava, lia em menos de um mês, e lá ficava eu esperando o próximo livro. Quando acabou a saga, me deu um vazio tão grande. Sei que lançou "Harry Potter e a Criança Amaldiçoada", mas não sei, não é a mesma coisa.

Harry Potter tinha dez anos, morava na Rua dos Alfeneiros, 4, em um armário sob a escada da casa de seus tios Valter e Petúnia, ou seja, o Sr. e a Sra. Dursley. Esses, que tinham um filho mimado chamado Duda. Eram mesquinhos, não aceitavam qualquer coisa sobrenatural, e insistiam a dizer que Harry ficara órfão porque seus pais morreram em um acidente de carro. O garoto acreditava nisso, mas lembrava de algo quando era mais novo, um jato de luz verde, nada mais.

Na véspera de seu aniversário de 11 anos, Harry recebe uma carta. Seu tio a vê e o impede de ler. Mas não adiantou muito, porque uma outra chegou, e mais uma, e mais outra, muitas outras chegaram. Seus tios viram que não adiantava mais impedir. Levam Harry para longe dali, em um casebre próximo do mar.

"Mais um minuto e ele completaria onze anos. Trinta segundos... Vinte... Dez... Nove... Talvez acordasse Duda, só para aborrecê-lo... Três... Dois... Um..."

De repente, se ouve um "BUM!". Lá estava um gigante na porta do casebre, se espremendo para entrar pela porta, era o Hagrid. Em um dos bolsos de seu casaco, ele tira um embrulho que dá para Harry. Era um bolo de aniversário. O garoto estava confuso. Seus tios, com medo de tudo aquilo, recebem uma bronca do gigante por não terem contado a verdade. Então, ele descobre que era filho de bruxos e seus pais haviam sido mortos pelo temeroso bruxo Lord Voldemort, mas que poupou a vida dele, deixando uma cicatriz na testa.

Harry vai para Hogwarts, não tinha a noção de como era famoso. A cicatriz o denunciava quem era. Todos sabiam que sua vida tinha sido poupada pelo "Lorde das Trevas". Em seu primeiro ano na escola de bruxos, foi direcionado junto com os novo alunos em uma das quatro casas, sendo elas, Grifinória, Corvinal, Sonserina, Lufa-Lufa. Quem fazia a escolha das casas era o Chapéu Seletor. Na vez de Harry:

"— Sonserina não, hein? — disse a vozinha. — Tem certeza? Você poderia ser grande, sabe, está tudo aqui na sua cabeça, e a Sonserina lhe ajudaria a alcançar essa grandeza, sem dúvida nenhuma, não? Bem, se você tem certeza, ficará melhor na GRIFINÓRIA!"

Por causa de sua fama, todos já o conheciam pelo nome. Torna-se amigo de Rony Weasley e Hermione Granger, e antipatia por Draco Malfoy e professor Severo Snape. Hermione era muito sabida e certinha, apesar de ser filha de trouxas, o que quer dizer, que não era filha de bruxos. Rony era o atrapalhado da turma e Harry vivia se metendo em encrencas.

Draco havia provocado toda uma situação, pensando que puniriam Harry, mas infelizmente não ocorreu o esperado. Apesar de inédito, um aluno do primeiro ano fazer parte do time de quadribol, Harry é convidado pela professora Minerva para ser o apanhador do time. Ela estava espantada com a habilidade de Harry voando com a vassoura, por ser a primeira vez que montara em uma, e pegando o objeto minúsculo que Draco atirara.

Harry, Rony e Hermione se envolveram em inúmeras aventuras em Hogwarts. Até descobrirem que a Pedra Filosofal, que tinha o poder da imortalidade, era objeto de cobiça de um certo alguém. Mas esse alguém não podia de jeito nenhum chegar até a pedra, afinal era tudo o que ele queria...a imortalidade. Teriam os três conseguido impedir a tal criatura de chegar até a pedra? E quem era esse alguém? Por que ele queria tanto a imortalidade? Deixo para que vocês descubram lendo o livro. Aliás, não apenas para descobrirem as respostas para essas perguntas, mas também se deliciarem com as aventuras desses bruxinhos.

É aquele tipo de leitura que flui. Simples de ser lido. Tudo aquilo parece real, porque é muito bem escrito e detalhado. Pode ter certeza, se você começar a ler, não vai querer parar mais. A história é muito fascinante. Quando eu li, fiquei imaginando, 'que criatividade esplendorosa!'. Os personagens, o local, os objetos e toda aquela magia, é muito difícil não se apaixonar. Qual é a pessoa que ao ler o livro não quis ir procurar a passagem nove e três quartos para pegar o Expresso de Hogwarts? E ir para Hogwarts e lá ficar no Salão Comunal, ir para as aulas fazer feitiços, poções, jogar quadribol...quem nunca? Seria um sonho! Esse é um tipo de livro que mexe bastante com a nossa imaginação. Não importa a sua idade, você vai se maravilhar com tudo aquilo, garanto. Para quem ainda não leu, corra ler! Você não vai se arrepender!

Avaliação:   😊😊😊😊😊

sábado, 21 de janeiro de 2017

"Fallen" - Lauren Kate

Hoje, eu vou falar sobre um livro que se tornou Best-Seller mundial, sendo no Brasil vendido mais de um milhão e meio de exemplares. O livro é "Fallen", de Lauren Kate, um romance voltado para o público jovem. Esse é o primeiro livro da série composto por quatro livros, são eles: Fallen, Tormenta, Paixão e Êxtase.

O livro traz a história de Lucinda Price, ou melhor, Luce, uma adolescente de dezessete anos que desde pequena, as sombras a persegue. Ela é levada para a Escola Sword & Cross, um reformatório, por ter sido acusada como a culpada pela morte de seu amado Trevor. Todos que lá estavam também tinham em seu histórico de vida uma passagem pela polícia. Viviam em um regime totalmente autoritário, vigiados pelos vermelhos, sem celular ou qualquer outro meio eletrônico, podendo fazer apenas uma ligação por mês e ver seus familiares apenas nos feriados.

Tudo ali era diferente da realidade que ela vivia antes. O lugar, o ambiente, as pessoas eram esquisitas. Aquele lugar era horrível mas, teve que aprender a se adaptar a nova realidade.

Luce torna-se amiga de algumas pessoas, como Peen e Ariane , se apaixona por outras, entre eles Daniel Grigori. Essa paixão de Luce por ele circunda por um clima misterioso, uma vez que ele tem 'desprezo' por ela, e o que ela não sabe é que tudo isso se deve a apenas um motivo muito grandioso. Que não falarei, deixo para vocês descobrirem lendo o livro. Ela passa a ver cada vez mais sombras. Sonhava com ele algumas vezes, mas esses sonhos eram em outras épocas e não aquela, no reformatório. Sabia que já o conhecia e não era de agora.

"...Quando os olhos de Daniel encontraram os seus, Luce prendeu a respiração. Ela  o reconhecia de algum lugar."

Por outro lado, temos o Cam, uma pessoa totalmente diferente de Daniel, muito atencioso e simpático, fazia de tudo para ficar perto de Luce. Ela fica balançada com isso. Mas sabia que a sua maior atração era pelo rapaz misterioso, o que dava forças para ela continuar a seguir em frente naquele lugar. Queria saber mais sobre ele, em seu interior, sabia que tinha que saber mais sobre Daniel, e para isso, contou com a ajuda de suas duas amigas.

Muitos mistérios ficam no ar. Acredito que toda a história vá ter um desfecho no decorrer dos outros livros, desvendando então, as perguntas que ficam no ar. Mas sabe aquela coisas de que você sabe o que realmente vai acontecer no final, ou até mesmo as respostas de alguns questionamentos, pelo qual, ficam em nossa cabeça, pelo menos, essa foi a minha impressão.

"Daniel ficou parado em frente dela, vestido apenas com uma calça de linho branco. Ele sorriu para ela, então fechou os olhos e abriu os braços para os lados. Depois delicada e muito lentamente, como se para não chocá-la, ele expirou profundamente e suas asas começaram a se desenrolar."

Seria Cam a pessoa ideal para Luce? Ou Daniel com seus mistérios? E essa sombra que a atormenta?

Esse foi um livro meio curioso. Ele inicia com um prólogo, nomeado como "No começo", até aí ele mantém todo um mistério, que é o que eu realmente estava esperando ao ver pela capa. Eu, particularmente, gostei muito da capa do livro, aliás, todas da série são maravilhosas.

"O calor familiar da pele dela sob suas mãos fez com que ele pendesse a cabeça para trás e gemesse. Estava tentando ignorar a proximidade entre os dois, como ele conhecia bem o toque dos lábios dela nos seus, como era amargo saber que tudo isso teria que acabar..."

Pensei, esse livro deve ser muito bom! E então chegou o capítulo um e dois, quase morri...de tédio. E assim foi mais um capítulo, outro e mais outros.

A linguagem é fácil de ser entendida, mas achei que o desenrolar da história é muito lento, quase desisti de terminar de ler. Eu esperava mais. Por outro lado, ao contrário de mim, tem pessoas que amaram e releram, e não param de reler. Deixo claro!! Não estou dizendo que o livro é ruim e nem bom, apenas acredito que seja questão de se identificar ou não com o livro. No meu caso, não me identifiquei com o livro. Para saber se identifica ou não, só lendo mesmo. Corra ler o livro!

Avaliação:   😊😊😞😞😞

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

"A culpa é das estrelas" - John Green

Hoje, eu vou escrever sobre um livro que me fez chorar rios de lágrimas. O livro é "The fault in our stars" ou "A culpa é das estrelas", de John Green, um romance leve voltado para o público jovem. Sinceramente, o livro não é aquela coisa extraordinária que deixa os corações a mil - se é que me entendem - mas a história é muito comovente. O livro originou o filme de mesmo título, em 2014, portanto para quem quiser chorar mais, é só assistir o filme também.

O livro traz a história de uma garota, Hazel Grace,  prestes a fazer dezessete anos, que passava a maior parte do tempo dentro de casa deitada em uma cama. Aos treze anos, ela contraiu um câncer na tireoide, que no decorrer do tempo acabou evoluindo para uma metástase no pulmão, fazendo-a utilizar um cilindro de oxigênio. Sua auto-estima estava totalmente para baixo, vivia deprimida pensando a todo momento na morte.

Sua mãe preocupada, vai em busca para a solução, e recebe uma recomendação para que a garota participe de um Grupo de Apoio, uma vez por semana. Contra a sua vontade, Henzel vai e acaba conhecendo outras pessoas que passavam por problemas semelhantes ao dela. Ela achava tudo aquilo muito chato, exceto o jovem Isaac que sofria de câncer nos olhos. Mas em um desses encontros ela conhece Augustus Waters, o que a faz balançar sentimentalmente.

Augustus, o menino do cigarro apagado, tinha dezessete anos, teve uma das partes da perna amputada por causa da osteosarcoma. Ao contrário de Hezel, ele queria viver a vida, era bem humorado, e nada o deixava pra baixo. Ele guardava um segredo. Em uma de suas conversas, Hezel fala de seu livro favorito 'Uma aflição imperial', de Van Houten. Ela adorava o livro, não apenas pelo fato do autor ser bom, mas sim, por achar que ele a entendia.

"Uma aflição imperial era o meu livro, do mesmo jeito que meu corpo era meu corpo e meus pensamentos eram meus pensamentos."

A história que o autor trazia nesse livro era a de uma garota chamada Anna, que tinha um tipo raro de leucemia. O grande problema de tudo isso era que toda a história acabava com uma frase inacabada. E qual seria o seu final? A ideia que fica é que a menina Anna estava escrevendo quando de repente se foi. Hezel fica angustiada sem saber o final.


Assim, Hezel e Augustus tem a ideia de procurar uma forma de entrar em contato com o autor para saber qual era o desfecho da história. Portanto, o autor propõe que se quisesse realmente saber o final eles teriam que ir para Amsterdã. Vão Hezel e sua mãe, mais o Augustus. Muitas coisas acontecem por lá. A paixão entre o jovem casal aumenta. Por outro lado, ficam decepcionados com Van Houten. Augustus conta o seu segredo para Hezel.

Todos voltam de Amsterdã. O menino do cigarro apagado fica mal. Hezel escreve para seu amado:

"...existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros...Queria mais números do que provavelmente vou ter, e, por Deus, queria mais números para o Augustus Waters do que os que ele teve. Mas, Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito..."

Van Houten procura por Hezel. Ela não queria mais vê-lo. Em um trecho de uma carta que Augustus escreveu para Van Housten, ele dizia:

"...O que mais? Ela é tão linda! Não me canso de olhar para ela. Não me preocupo se ela é mais inteligente que eu: sei que é. É engraçada sem nunca ser má. Eu a amo. Sou muito sortudo por amá-la, Van Houten. Não dá para escolher se você vai ou não vai se ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo. Eu aceito as minhas escolhas. Espero que a Hazel aceite as dela..."

Na minha opinião, esse é aquele tipo de livro que serve como 'Grupo de Apoio', citado na história, nos faz refletir sobre algumas coisas de nossa vida, principalmente para aqueles que passaram pelas mesmas situações como a de Hezel, Augustus, Isaac, ou até mesmo para aqueles que tiveram momentos da vida muito conturbado, achando nunca mais ter fim.

Fica aquele dilema: Vale a pena esperar a morte chegar, como a personagem Hezel antes de conhecer Augustus? Ou, como Augustus, viver a vida como se não houvesse o amanhã, apreciando cada momento? Sabendo que mesmo não estando doente, que seja, em fase terminal ou não, até mesmo não estando acamado, uma hora ou outra todos iremos. Nesse caso, então, o ideal seria aproveitar cada momento da vida, ou seja, o conjunto de 'infinitos' que a vida nos proporcionou. Vale a reflexão. Corra ler o livro!

Avaliação:   😊😊😊😞😞

sábado, 14 de janeiro de 2017

"O menino do pijama listrado" - John Boyne

Hoje, eu vou falar de um livro muito interessante para jovens que adoram uma história com pano de fundo histórico. Pelo menos para mim, histórias desse tipo me fazem parecer reais, obviamente, àquelas que são ficcionais. O livro é "O menino do pijama listrado", de John Boyne, e foi adaptado para cinema em 2008. Uma história que, realmente, você fica na dúvida se ela é real ou ficção, mas ela é fictícia.

A história se passa na Alemanha nazista e, quando falamos do nazismo, para aqueles que tem uma base de estudo em história geral, lembramos logo da forma covarde como os judeus foram tratados, dos campos de concentração, a política instaurada por Hitler, holocausto, atrocidades, entre outras coisas que ocorreram na época. Apesar de se tratar de algo tão denso como esse, o autor conseguiu deixar a narrativa de uma forma doce e inocente.

Bruno tem nove anos, mora em Berlim, e ao chegar em sua casa depara com Maria, a governanta da casa, fazendo as suas malas. Ele não entende nada. Aflito com tudo aquilo, vai tirar satisfação com a sua mãe, mas não está convencido de sua justificativa. Sua mãe lhe diz que estariam mudando por causa do trabalho de seu pai. Ele chegou a conclusão de que não sabia em que seu pai trabalhava. Apenas que:

"Só era capaz de dizer que seu pai era um homem para ser observado e que o Fúria tinha grandes planos para ele. Ah, e que ele também tinha um uniforme fantástico."

O que o Bruno não sabia era que seu pai era um importante militar nazista e trabalhava para o que chamavam de Fúria. No livro não deixa claro mas, certamente, o pai dele trabalhava para o Hitler.

Os preparativos para as mudanças estavam ocorrendo. Bruno ainda não estava convencido da ideia de deixar a casa, os seus amigos Karl, Daniel, Martin, e de ter que adiar os planos que tinham com eles. Assim, contra a sua vontade, acabou indo para a nova casa em Haja-Vista. Como era muito diferente da casa que moravam, em Berlim. Ao redor não haviam ruas, pessoas andando, lojas e bancas, tudo parecia vazio e solitário. Ele estava muito chateado com tudo aquilo.

Contemplando as janelas dos quartos, em particular a dele, Bruno e sua irmã Gretel vê algo que os fazem ficar curiosos. Meninos de todos os tamanhos, homens de todas as idades...e as mulheres? Onde estão elas? Que lugar era aquele? Que são todas aquelas pessoas? O que elas fazem lá? Quantas pessoas! Todos usavam uma espécie de pijama e boné cinza listrado. Aquilo era assustador e curioso!

Desde que se mudou raramente via seu pai, ele passava a maior parte do tempo trancado em um escritório onde era Proibido Entrar em Todos os Momentos Sem Exceção. Bruno aprendeu dele uma saudação que consistia em juntar os dois pés, a palma estendida, vinda do peito para a frente, dizendo:

"Heil Hitler", disse, o que Bruno presumia ser outra forma de dizer: “Bem, até logo, tenha uma boa tarde”. 

O menino adorava explorar lugares mas, em Haja-Vista ele estava proibido de fazer isso. Algo o encabulava desde o dia que chegou na nova casa. Sua vontade era maior que a proibição, então, resolveu caminhar, até que encontrou e leu uma plaquinha de bronze que dizia:

“Campo de HajaVista”, prosseguiu, tropeçando no nome como de costume. “Junho de 1940.”

Continuou a explorar envolto da cerca, e encontrou um menino, o Shmuel. Começaram a conversar. Bruno fazia questão de ir todos os dias para conversar com o novo amigo, também levava comida para ele. Falavam de como eram suas vidas antes de Haja-Vista, de como é viver agora na cidade, mas nenhum deles tinha a noção do que estava acontecendo naquele momento. Ambos vão relatando o que estão passando, cada qual em seu lado da cerca.

"Certa tarde, Shmuel apareceu com um olho roxo, e quando Bruno perguntou por que seu olho estava daquele jeito, ele simplesmente balançou a cabeça e disse que não queria falar sobre aquilo. Bruno imaginou que houvesse valentões por todo o mundo..."

Shmuel não vê mais o seu pai. Queria muito encontrá-lo. Passa a procurá-lo, mas não tem sucesso na busca e pede ajuda para o seu amigo Bruno. Ele aceita ajudá-lo. Infelizmente essa inocente amizade o leva a distorção da imaginação que Bruno tinha daquele lugar, levando-o para um caminho sem volta. Bruno tinha o sonho de voltar para Berlim. Aliás, era tudo o que queria. O que teria acontecido com Bruno? E o pai de seu amigo Shmuel foi encontrado? Teria Bruno realizado o seu grande sonho? Deixo para que vocês descubram lendo o livro. Talvez se o pai de Bruno tivesse saciado a curiosidade do menino, muitas coisas seriam diferentes.

O livro é muito bom, mas é bem triste, eu fiquei bem emocionada em diversas partes do livro. A história toda traz a delicadeza da inocência e pureza de duas crianças em um ambiente nada delicado. Para elas, judeus e alemães não tem distinção porque a ideologia ainda não foi implantada em suas mentes. Não tem a noção do que é uma guerra, aliás, não sabiam que estavam em uma. Vale a pena ler!

Avaliação:   😊😊😊😊😞

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

"Os Bebês de Auschwitz" - Wendy Holden

Para quem gosta de livros autobiográficos fundado em fatos históricos, assim como eu, o livro "Os Bebês de Auschwitz" é uma boa opção. Escrito pela jornalista Wendy Holden, o livro apresenta a história de três mulheres judias que estavam grávidas quando foram capturadas pelos nazistas e levadas para o campo de concentração.

Toda jovem moça recém-casada tem sonhos, planos para o futuro e querem formar família, mas infelizmente, esse não foi o destino das jovens como a Priska, a Rachel e Anka, que durante a Segunda Guerra Mundial, junto com seus maridos deixaram as suas casas e foram levados pelos nazistas para os campos de concentrações.

Suas malas foram confiscadas, mulheres e homens foram separados, crianças pequenas e velhos em filas diferentes, mais um amontoado de cadáveres que não resistiram a longa viagem por causa das más condições em que os vagões de trem vieram. De repente, tudo se transformou em medo e horror. Seus destinos eram incertos.

"Estávamos desembarcando, mas não sabíamos onde. 
Estávamos com medo, mas não sabíamos de que." - Anka

Uma coisa interessante que o livro traz é a história da família de cada uma dessas mulheres antes de irem para os campos de concentrações. Ao modo que após irem, tudo foi arruinado, não teriam mais família, casa, trabalho...identidade. Eram agora números.

As moças jovens eram separadas para 'brinquedo' sexual dos homens nazistas. Muitas morriam por causa das doenças sexualmente transmissíveis. As mulheres grávidas tinham dois destinos, uma, ser o objeto de experiência para medicina, outra, seus bebês serem os objetos de experiências. Deixando claro que essas experiências eram desumanas. Tanto Priska, como Rachel e Anka, sabendo que estavam grávidas, negaram a sua gravidez quando foi interrogado pelo Dr. Joseph Mengele, mais conhecido como anjo da morte, que selecionava os prisioneiros para experiência médica, por medo.

"Eles caminhavam entre nós e olhavam as mulheres para selecionar as mais novas e saudáveis. Não havia bebês nem mães alí. Apenas mulheres saudáveis que podiam trabalhar." - Rachel

O livro também relata os horrores, humilhações, violência e crueldade que essas mulheres passaram e que viram suas companheiras passando. O trabalho árduo em troca de má alimentação e acomodação, sem boas condições de higiene e saúde.

"Delirando de fome, algumas desmaiavam. Outras deitavam de lado, encolhidas, como em Auschwitz. seus corpos se deterioravam ainda mais debaixo daquelas roupas imundas, e toda a esperança desvanecia junto."

Além das auto-estimas estarem baixa, o psicológico também era abalado por conta da pressão, medo, angústia que passavam a cada dia, por ver companheiras, ou pessoas da família sendo levadas para algum lugar, que elas não sabiam, e não voltando mais. 

O mais impressionante de tudo isso foi como essas mulheres pesando em torno de 30kg, trabalhando por 14h, com condições precárias de tudo o que uma vida humana deve ter, sobreviveram e conseguiram levar a gravidez adiante. Como se aquelas crianças em seus ventres fossem algo a que elas se agarraram, talvez, uma força, que tiveram para sobreviver diante aquele horror. Seus bebês vieram ao mundo pesando cerca de 1,5 Kg, nasceram quando os alemães estavam prestes a dizimar toda a população em câmara de gases. 

"...os nazis não lhe tiraram o bebê, porque no dia seguinte iam ser todos mortos. Priska escondeu o bebê dentro da roupa. A viagem de dois dias para Buchenwald transformou-se numa longa deslocação de 17 dias porque o campo tinha sido libertado e os nazis tiveram que alcançar um outro campo onde pudesse ser possível desembarcar milhares de pessoas e depois matá-las."

Hana e Priska (1949)

Sala, Rachel, Esther com o bebê Mark (1946)

Anka e Eva (1945)

O livro é muito bom, apesar de ser muito triste. Ele também apresenta muitas informações históricas ricas. Toda a trajetória histórica, iniciando em 1944, finalizando com o suicídio do Hitler e os alemães libertando os judeus. Para ler esse livro tem que ter um emocional muito forte, porque você vai refletir sobre muitas coisas em relação ao 'homem', como, até que ponto um ser humano é capaz de cometer tantas atrocidades com outro ser humano, ou até mesmo, a força que os judeus tiveram para se reerguerem, estando debilitados, e sabendo que muitos estavam sós sem as pessoas que mais amavam, que eram suas famílias, entre outras coisas. Boa leitura!

Avaliação:   😊😊😊😊😊

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

"Cazuza - Só as mães são felizes" - Lucinha Araújo

Hoje, eu vou escrever sobre o livro de um ídolo, uma figura icônica que marcou o rock nacional dos anos 90. Você vai me falar algumas figuras, e dentre essas, com certeza estará ele. Sim! É o Cazuza. Para quem é fã do Cazuza, assim como eu, ficará curiosa em saber algo mais sobre esse artista. O livro é uma biografia do Cazuza, ao qual, Regina Echeverria ouve o depoimento de Lucinha Araújo, mãe do cantor e poeta.

O livro inicia com o Cazuza no hospital, quando o seu estado de saúde está péssimo. Ele está morrendo. Vítima de AIDS, seu estado era deplorável. Naquela época, a medicina ainda não tinha muito conhecimento sobre doença, e muitos que contraiam a doença acabavam morrendo. Chegou a fazer tratamentos no Brasil e no exterior, mas de nada adiantou.

Ou seja, o livro começa com a morte do cantor, e depois vai para 'o como tudo começou'. Época em que Cazuza ainda não existia. Inicia com Lucinha, que viria a ser mãe de Cazuza, quando era mais nova, até quando conheceu o seu futuro marido e pai do Cazuza, João Alfredo. Toda a trajetória de vida de ambos e o relacionamento com seus pais, no caso avôs de Cazuza, também são mencionados.

Lucinha e João se casam e vão morar em Ipanema. Três meses depois, vem a notícia da gravidez. Em 4 de abril de 1958, numa sexta-feira santa, Cazuza vem ao mundo. Mas com nome de registro de Agenor de Miranda Araujo Neto, nome de seu avô, que acabaram por apelidar...Bom! Vocês já conhecem o apelido. No livro também traz o verdadeiro significado do apelido, que deixarei para vocês descobrirem ao ler.

Desde pequeno, apesar de tímido, era arteiro. Gostava de brincar com fogo. Levou um esfregão de pimenta na boca por falar palavrão à sua mãe. Costumava dizer:

"- Quando eu desobedeço e minha mãe fica zangada, sai fogo pelo nariz dela e cresce rabo."

O tempo foi passando e Cazuza foi estudar no colégio Santo Ignácio, mal esperavam que toda a rigidez e seus métodos que aplicavam faria com que o garoto se rebelasse com tudo aquilo. Durante o tempo de criança, tinha aptidão para muitas coisas. Era criativo. Adorava criar histórias de vários gêneros. Também gostava de geografia. Era curioso, e adorava consultar a Enciclopédia Barsa.

Mas quando chegou na época da juventude, a rebeldia e a teimosia se acentuou. Conheceu a bebida e a droga, que passaram a fazer parte de sua vida. Estudou arte dramática no exterior. Foi trabalhar na Som Livre com o pai, escrevendo releases dos artistas, função pelo qual se saiu muito bem. Foi o maior incentivador para sua mãe cantar chegando a gravar um disco. Foi estudar fotografia no exterior, mas não chegou a concluir.

Como seu pai trabalhava na gravadora, teve conhecimento com muitos profissionais da área, e também teve contato com muitos artistas. Léo Jaime, músico, sabia que uma banda estava precisando de vocalista, então, apresentou Cazuza. Formou-se, então, a banda Barão Vermelho, onde ele passou a ser o vocalista e letrista. A banda fez muito sucesso. Cazuza conseguiu sair da casa dos pais para morar sozinho em Leblon, local onde passou a ser ponto de altas festas.

Após desentendimento com a banda, Cazuza anuncia a sua saída e inicia a carreira solo. Em suas canções são muito nítida suas ideologias, o momento político em que o Brasil vivia, desilusões amorosas, o amor que tinha dos pais, sexo, droga, a doença. Tudo, era relacionado a sua vida e no que girava em torno dele.

"Espero que, no futuro, não se esqueçam do poeta que sou. Que as pessoas não se esqueçam de que, mesmo num mundo eletrônico, o amor existe. Existem o romance e a poesia. Que mais crianças venham a nascer e é fundamental o amor aos pais."

Após a descoberta de que havia contraído o vírus da AIDS, ele continuou fazendo os shows, mas vezes ou outra, seu estado de saúde piorava. As tosses eram constantes. Chegou um momento que não teve mais jeito, parou de fazer show. A maior parte do tratamento foi realizado em Boston. Em julho de 1990, aos 32 anos, Cazuza veio a falecer.

Lucinha precisava de forças para continuar vivendo sem seu filho, senão ela morreria por dentro, ficaria deprimida. Depositou toda a sua força que ainda restava fundando uma instituição que abrigaria pacientes soropositivos, a Sociedade Viva Cazuza.



"Só as Mães São Felizes é uma homenagem às pessoas que vivem o lado escuro da vida, aquelas que preferiram trocar o escritório pela rua, que resolveram viver e escrever a vida."

É um bom livro para ser lido. Para quem é fã, é obrigatório. Você se emociona em muitas partes do livro. Entende as consequências de uma 'vida louca' tanto as boas, como as ruins. E sabe, que apesar de morto, a 'alma' desse ídolo ainda continua por aí nos rádios, nas TVs, na internet e na essência da Sociedade Viva Cazuza, que vem, desde então, contribuindo para a sociedade, dando assistência para muitas pessoas portadoras de HIV.

Avaliação:   😊😊😊😊😊

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

"Coraline" - Neil Gaiman

E lá vamos nós começarmos o ano com um livro muito bom. Talvez muitas pessoas o conheça, seja pelo cinema, ou por causa do autor, ou até mesmo pela história em si. O livro se chama "Coraline", de Neil Gaiman. Autor muito conhecido por suas fantásticas obras, como Sandman, Deuses Americanos, O mistério das estrelas, entre outras, que vale a pena conferir.

O livro Coraline é uma mistura de horror e suspense, destinado para o público infantil que goste desse tipo de gênero, como diz minha filha 'assustador'. Mas também pode ser ideal para crianças grandes como eu (risos). Considerada como uma dessas personagens icônicas do mundo infantil, Coraline faz alusão ao personagem de Alice, da obra Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.

Coraline se muda para uma casa muito velha, porém, ela e sua família não eram os únicos moradores. Moravam também as duas senhoras Spink e Forcible no apartamento abaixo do de Caroline, e acima, um velho maluco, adestrador de ratos.

O que Caroline gostava mesmo era de explorar locais. Saiu a explorar tudo o que rodeava a casa. Um dia choveu, e o que fazer em tempo chuvoso? Seu pai, então, deu a opção de explorar dentro de casa. Gostou da ideia e foi explorar. Diante da exploração, acaba achando uma porta que não dava em lugar nenhum. Tinha uma parede de tijolos apenas.

Naquela noite chuvosa, já na cama, ouviu um barulho estranho. Levantou-se e foi ver o que era. Viu uma forma negra sob um feixe de luz que iluminava o local. Tinha certeza que sua mãe tinha fechado a porta que não dava pro nada. Estranho!

No dia seguinte, o velho:

"— Os ratos têm uma mensagem para você — sussurrou. Coraline não sabia o que dizer. — A mensagem é a seguinte: Não passe pela porta. — Fez uma pausa. — Isso faz algum sentido para você?"

A Sra. Spink lendo as folhas de chá, diz a Coraline que ela corria sério perigo, dando a ela uma pedra com furo no meio, como meio de protegê-la.

Coraline, no dia seguinte, não se contendo, resolveu pegar a chave e abrir a porta. Para a sua surpresa, não havia mais a parede de tijolos, e sim, um corredor escuro. Resolveu entrar. De repente, algo inusitado e confuso. Do outro lado, seus pais, seus vizinhos, a casa, o gato, eram eles, mas ao mesmo tempo não eram, eram estranhos, tinham olhos de botões.

Sua mãe fez algo maravilhoso para comer, seu pai que nunca tinha tempo para ela, agora tinha. O gato que vivia sempre a rondar por lá, agora falava. Os brinquedos agora tinham vida. A casa parecia ser a mesma. Seu quarto era diferente, do seu agrado. A vida sem graça que ela levava, parecia ter mudado. Queria ficar, mas também queria ir. Seus novos pais não a proibiram e a deixaram ir. Sabendo que ela iria voltar. Atravessou a escuridão de olhos fechados, até bater em uma poltrona. Virou para trás e só viu tijolos.

Na casa, que não era a outra, seus pais haviam sumido. Muito estranho. Fez perguntas ao gato, mas agora, ele não mais falava. Viu no espelho antigo que tinha na casa, a imagem refletida de seus pais e ligou para a polícia:

"— Seqüestro. Meus pais foram raptados para um mundo do outro lado do espelho em nosso corredor."

Abriu a porta, atravessou o corredor, a procura de seus outros pais para tirar satisfação de seus pais. Percebeu que havia algo estranho por ali. A sensação anterior que ela tinha, não é mais a mesma. Aqueles olhos de botões...Acabou dormindo no mesmo teto que seus outros pais, em busca de informações, não se conformaria enquanto não encontrasse seus pais. Pressentia que corria perigo. O espelho se abre como uma porta, e sua outra mãe a empurra para dentro dele. Naquele lugar ela encontrou três formas. Uma delas diz:

"— Levará sua vida, tudo o que você é, tudo o que lhe é caro e não deixará nada a não ser neblina e névoa. Levará sua alegria. E, um dia, você vai acordar e seu coração e sua alma terão partido." 


Sua mãe de olhos de botão, gentilmente, a leva para tomar café. Coralina faminta que estava, toma o café e propõe em fazer um jogo, o jogo de exploração. Ela aceita e pergunta o que pretende procurar, obtendo como resposta, os pais dela.

Teria Coraline encontrado seus pais? Ou teria Coraline tido o mesmo destino das três formas?

Uma das formas havia dito:

"— Se, por acaso — disse uma voz no escuro —, você conseguir salvar seu papai e sua mamãe da bela dama, poderia também libertar nossas almas."

Hum! E qual o sentido dessa pedra? Talvez ela poderia me ajudar.

Todas as respostas para as perguntas e a aventura tenebrosa que Coraline teve, deixo para que vocês descubram. O livro é muito bom, não podia ser diferente, se tratando do livro de Neil Gaiman. Para o público infantil, que está acostumado com rainhas e princesas, essa é uma boa história para sair um pouco do mesmo e se aventurar em outros universos. Corra pegar o seu livro!

Avaliação:   😊😊😊😊😊