terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O novelo

Quando eu era pequenino

Todos tinham um controle sobre mim
Rolava nas mãos de um menino
Sem destino, sem fim.

Aos passos lentos ele rola...

Todos comigo brincavam
Sendo eu amável
Meus nós, atavam e desatavam
Com facilidade inacreditável.

Assim, ele rola...

Fui pulando aqui e ali,
Em um ping-pong desordenado
Sem pensar em sair
Desse mundo condenado.

Sorrateiramente...

Meus nós sem soluções,
Foram se levando,
Em um caminho de emoções
Enrolando...enrolando...enrolando...
De um jeito matreiro...

Quando percebi, relutante,
O que era um pequeno carrossel
Transformara-se em uma roda gigante
Um monstruoso arranha céu.

Dissimulado...

Lentamente, ela gira cada vez mais
Decidido, fui tentar desenrolar
Mas já era tarde demais,
Para tudo desembaraçar.

A ponta!?...

De nós em nós, surgiram outros nós
Preso em um tricô de problemas
Nesse labirinto sem solução, a sós
Em um emaranhado de dilemas.

Recluso.

Um comentário:

Unknown disse...

Que lindo Lú, parabéns!