sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

ILHA DAS FLORES

Olá pessoas, aqui estou em mais um dia, dia ensolarado. Ótimo para ir à praia. Bom para sair, se encontrar com os amigos, programar algo para a noite, passear nos parques, chupar sorvete, e tudo mais. Dia de sol, é dia de sol. Dia de alegria. Mas, para quem preferir ficar em casa, não tem problema. Tenho um convite a fazer. Que tal assistir a alguns curtas-metragem. Entre nesse site: http://www.portacurtas.com.br/index.asp#

Hoje vou falar de um curta que já havia visto faz muito tempo, em tempo de escola, quando eu tinha meus 12 anos, e acabei achando ele novamente nesse site que citei acima. Um filme que marcou muito na minha vida. Na época não achava esse filme facilmente, queria revê-lo outras vezes, mas hoje, devido a tecnologia e a internet, tudo muda.

O filme é "Ilha das Flores", direção e roteiro de Jorge Furtado, do ano de 1989. Apesar do ano, depois de 23 anos, muitas histórias ainda se repetem pelo Brasil. Logo no início aparece escrito "Este não é um filme de ficção". A história se passa na cidade de Porto Alegre, em um depósito de lixo que tem o mesmo nome do filme.

O filme é bem crítico em muitas coisas. Por exemplo, a comida que é jogada no lixo pela dona de casa, para onde o lixo é levado, Ilha das Flores, exatamente nesse lugar, aonde animas e humanos brigam pela comida que foi jogada pela dona de casa. Aonde o que os porcos rejeitam, mães e crianças pobres pegam para comer. A grande desigualdade social. O capitalismo aonde alguns tem demais, e outros pouco tem.

Tudo é apresentado de uma forma não romântica, mas rápida e um pouco humorada, para que toda a informação contida no filme, nos sirva para pensarmos depois, e não para nos emocionarmos. Uma trajetória explicativa do homem, capitalismo, até chegar a plantação do tomate, e o seu destino final.

FICHA TÉCNICA:
Gênero: Animação, Documentário, Experimental
Ano: 1989
Duração: 13 minutos

Direção e roteiro: Jorge Furtado
Produção: Mônica Schmiedt, Giba Assis Brasil, Nôra Gulart
Fotografia: Roberto Henkin, Sérgio Amon
Edição: Giba Assis Brasil
Direção de Arte: Fiapo Barth

Elenco:
Paulo José (Narração)
Ciça Reckziegel (Dona Anete)


Trilha Sonora:
"Fantasia sobre O Guarani", de Geraldo Flach, com Zé Flávio na guitarra

PRÊMIOS
Urso de Prata no Festival de Berlim 1990
Prêmio Crítica de Público no Festival de Clermont-Ferrand 1991
Melhor Curta no Festival de Gramado 1989
Melhor  Edição no Festival de Gramado 1989
Melhor Roteiro no Festival de Gramado 1989
Prêmio da Crítica no Festival de Gramado 1989
Prêmio do Público na Competição "No Budget" no Festival de Hamburgo 1991

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