Alimentos são trazidos para ajudar essas pessoas. Pessoas ficam felizes. Aceitam como se fosse um último pedido diante da morte. Uma súplica de todos os dias. Um lugar onde a felicidade não passa de um prato de comida. Não tem tempo para pensar em supérfluos. Somente na comida do dia seguinte. E acreditem! Tem gente sem compaixão diante dessa situação. Roubam alimentos doados e vendem para aquelas pessoas.
Olhos desesperados que assistem a todos os dias uma morte. Um vizinho, um ente querido ou um amigo que se vai. Mães desesperadas sem ter o que dar a seus pequenos. Que em seus braços berram de fome. Infelizmente o seu alimento também secou. Pestes contribuem para o quadro devastador. Onde a tristeza e a pobreza dão as mãos, em um casamento, que não pensam em se separar, nem mesmo deixar aquela região.
Muitos conflitos tomam a região, mas a única guerra que eles precisam vencer é a da fome e seca. Essa que mata. Que destrói. Que levam muitos deles. Não de uma vez como nas guerras, mas aos poucos. Um a um. Muitos não chegarão a idade adulta. E a esperança fica! Que a chuva venha e traga muitos frutos. Muitos morrerão com a esperança. Não chegarão a ver a tão esperada chuva. Outros vão ver, mas não verão os frutos. Restarão somente aqueles que saborearão os frutos amargos.
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