domingo, 27 de novembro de 2011

Como eu amo a Av. Paulista!


Podem me chamar de louca e tudo mais, mas eu tenho uma paixão muito grande por São Paulo, em particular a Av. Paulista. Se eu tivesse uma boa quantia de dinheiro, com certeza eu compraria um duplex na Paulista. Bom! Serei mais humilde, me contento com um apartamento com vista para a avenida. Lá eu ficaria horas e horas na sacadinha do meu apartamento - tem que ser com sacada, adoro sacada de apartamento - no penúltimo ou antepenúltimo andar, de um prédio de vinte andares. Também gosto de morar nos últimos andares de um prédio.

No final da tarde eu ficaria contemplando todo aquele corre-corre de mais um fim do dia dos paulistas. Todos aqueles carros passando nos dois sentidos da avenida, com os faróis acesos. A avenida iluminada. As luzes dos comércios acendendo. Pessoas apressadas indo ao ponto do ônibus. Outras indo para Happy Hour nos barezinhos. Veria as decorações de Natal toda chamativa, piscando sem parar, do mais variados modelos. Brigando pela atenção das pessoas. Toda aquela magia ilusória. Não sei porque, mas eu adoro a noite. Adoro as luzes! Tudo parece mágico. Um charme!

Poderiam dizer o que fosse de poluição e tudo mais, mesmo com toda a poluição. Sim! Eu teria alguns dias de vida a menos, mas morreria feliz. Olharia a beleza do pôr do sol todos os dias. Ficaria apreciando as estrelas, sentindo a brisa fresca bater em meu rosto. Ficaria um tempo de olhos fechados. Sem pensar em nada! Apenas sentindo a sensação boa de tudo isso. Pode parecer delirante. Mas não é. Seria muito bom para todos os paulistas que vivem nessa correria infernal do dia-a-dia. Onde tudo é desgastante. Uma rotina.

Nos finais de semana andaria pela avenida, estaria entre pessoas os mais variados estilos. Sem preconceitos. Visitaria espaços culturais. Assistiria peças teatrais, cinema e shows que tivesse por lá. Visitaria exposições de artes plásticas. Levaria sempre a minha filha no parquinho do Parque Trianon, às vezes diria um "olá" para o Tenente Siqueira Campos. Andaria pela feirinha e ao mesmo tempo escutaria os bolivianos tocando suas flautas de bambu. Finalizaria a minha andança na Livraria Cultura. Ficaria horas e horas naquele espaço tão aconchegante. Lendo. Refletindo. Pensando na vida. E assim, iria embora para o meu apartamento. E lá estaria eu, na sacada, esperando a noite chegar. Lendo de preferência um bom livro.

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