sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

"A Árvore de Natal na Casa de Cristo" - Fiodor Dostoievski

Hoje, às vésperas de Natal, resolvi falar sobre um conto maravilhoso. Muitos já devem ter ouvido falar dele por ele ser antigo. Ele foi escrito em 1876. O conto é "A Árvore de Natal na Casa de Cristo", escrito pelo russo Fiodor Dostoievski.

A história se inicia com um menino de mais ou menos 6 anos e sua mãe, recém chegados de uma cidade pequena, pelo menos foi o que deu a entender, que se alojou em um porão úmido e frio.

Sua mãe estava acamada em um colchão de palha finíssimo e o menino se entretendo com a fumaça branca que saia de sua boca quando expirava.

"Tendo apalpado o rosto de sua mãe, admirou-se muito: ela não se mexia mais e estava tão fria como as paredes. "Faz muito frio aqui", refletia ele"

Resolveu sair para a rua, aproveitando que os cachorros não estavam por perto. Sentia muito frio e fome. Se assustou com aquele cenário da imensidão da cidade na noite fria.

Olhou através de uma grande vidraça, e viu um quarto com uma árvore de Natal enorme, com muitas luzes e enfeites. Ao redor, bonecas e cavalinhos, além de crianças bem vestidas e limpas que estavam brincando, rindo, comendo e bebendo. E...ao lado de fora, um menino sujo, faminto, com frio e vestindo roupas velhas. Como se a vidraça separasse esses dois mundos totalmente diferentes.

Seus dedos doíam de frio. Ele chorava e corria. Passou por uma outra casa e viu bolos de tudo que era qualidade. Várias pessoas elegantes entrando pela porta da casa. Tentou entrar, mas os gritinhos e os alvoroços o fez sair correndo. Uma senhora deu uma moeda, que caiu, porque seus dedos não fechavam de frio. Teve medo e saiu correndo. Estava solitário.

Em uma outra vidraça:

"Um velho sentado parece tocar violino, dois outros estão em pé junto de e tocam violinos menores, e todos maneiam em cadência as delicadas cabeças, olham uns para os outros, enquanto seus lábios se mexem"

Ele pensou que eram pessoas. Riu. Para ele era novo aquilo, nunca tinha visto bonecos daqueles. Ele achou muito engraçado. De repente um garoto alto e malvado maltratou o menino. As pessoas que viram se assustam e gritaram. O menino saiu correndo porque ficou com medo, encontrando um lugar aconchegante e que ninguém encontraria ele. Pensou novamente nos bonecos e sorriu. Ele queria voltar para vê-los.

O menino ouvindo uma voz cantando achou que era sua mãe porque era muito parecida com a dela.

"Mamãe, vou dormir; ah! como é bom dormir aqui!"

A voz o chamava para ver a árvore de Natal. Algo o abraçou e logo tudo ficou claro e iluminado. Não sabia onde estava. Apenas viu a sua volta meninos e meninas que o abraçavam. Todos estavam ali para ver a árvore de Natal de Cristo.

Ele viu a sua mãe.

— Mamãe! mamãe! Como é bom aqui, mamãe! — exclamava a criança. De novo abraça seus companheiros, e gostaria de lhes contar bem depressa a história dos bonecos da vidraça...

Querem saber mais? Deixo para que vocês leiam. Esse conto apesar de antigo, temos muito desses cenários nos dias de hoje. São imigrantes que vem para cidade grande em busca de melhores condições de vida. Deslumbrados com o novo, iludidos, muitos se desiludem rapidamente.

Avaliação:   😊😊😊😞😞

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