segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

"Coraline" - Neil Gaiman

E lá vamos nós começarmos o ano com um livro muito bom. Talvez muitas pessoas o conheça, seja pelo cinema, ou por causa do autor, ou até mesmo pela história em si. O livro se chama "Coraline", de Neil Gaiman. Autor muito conhecido por suas fantásticas obras, como Sandman, Deuses Americanos, O mistério das estrelas, entre outras, que vale a pena conferir.

O livro Coraline é uma mistura de horror e suspense, destinado para o público infantil que goste desse tipo de gênero, como diz minha filha 'assustador'. Mas também pode ser ideal para crianças grandes como eu (risos). Considerada como uma dessas personagens icônicas do mundo infantil, Coraline faz alusão ao personagem de Alice, da obra Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.

Coraline se muda para uma casa muito velha, porém, ela e sua família não eram os únicos moradores. Moravam também as duas senhoras Spink e Forcible no apartamento abaixo do de Caroline, e acima, um velho maluco, adestrador de ratos.

O que Caroline gostava mesmo era de explorar locais. Saiu a explorar tudo o que rodeava a casa. Um dia choveu, e o que fazer em tempo chuvoso? Seu pai, então, deu a opção de explorar dentro de casa. Gostou da ideia e foi explorar. Diante da exploração, acaba achando uma porta que não dava em lugar nenhum. Tinha uma parede de tijolos apenas.

Naquela noite chuvosa, já na cama, ouviu um barulho estranho. Levantou-se e foi ver o que era. Viu uma forma negra sob um feixe de luz que iluminava o local. Tinha certeza que sua mãe tinha fechado a porta que não dava pro nada. Estranho!

No dia seguinte, o velho:

"— Os ratos têm uma mensagem para você — sussurrou. Coraline não sabia o que dizer. — A mensagem é a seguinte: Não passe pela porta. — Fez uma pausa. — Isso faz algum sentido para você?"

A Sra. Spink lendo as folhas de chá, diz a Coraline que ela corria sério perigo, dando a ela uma pedra com furo no meio, como meio de protegê-la.

Coraline, no dia seguinte, não se contendo, resolveu pegar a chave e abrir a porta. Para a sua surpresa, não havia mais a parede de tijolos, e sim, um corredor escuro. Resolveu entrar. De repente, algo inusitado e confuso. Do outro lado, seus pais, seus vizinhos, a casa, o gato, eram eles, mas ao mesmo tempo não eram, eram estranhos, tinham olhos de botões.

Sua mãe fez algo maravilhoso para comer, seu pai que nunca tinha tempo para ela, agora tinha. O gato que vivia sempre a rondar por lá, agora falava. Os brinquedos agora tinham vida. A casa parecia ser a mesma. Seu quarto era diferente, do seu agrado. A vida sem graça que ela levava, parecia ter mudado. Queria ficar, mas também queria ir. Seus novos pais não a proibiram e a deixaram ir. Sabendo que ela iria voltar. Atravessou a escuridão de olhos fechados, até bater em uma poltrona. Virou para trás e só viu tijolos.

Na casa, que não era a outra, seus pais haviam sumido. Muito estranho. Fez perguntas ao gato, mas agora, ele não mais falava. Viu no espelho antigo que tinha na casa, a imagem refletida de seus pais e ligou para a polícia:

"— Seqüestro. Meus pais foram raptados para um mundo do outro lado do espelho em nosso corredor."

Abriu a porta, atravessou o corredor, a procura de seus outros pais para tirar satisfação de seus pais. Percebeu que havia algo estranho por ali. A sensação anterior que ela tinha, não é mais a mesma. Aqueles olhos de botões...Acabou dormindo no mesmo teto que seus outros pais, em busca de informações, não se conformaria enquanto não encontrasse seus pais. Pressentia que corria perigo. O espelho se abre como uma porta, e sua outra mãe a empurra para dentro dele. Naquele lugar ela encontrou três formas. Uma delas diz:

"— Levará sua vida, tudo o que você é, tudo o que lhe é caro e não deixará nada a não ser neblina e névoa. Levará sua alegria. E, um dia, você vai acordar e seu coração e sua alma terão partido." 


Sua mãe de olhos de botão, gentilmente, a leva para tomar café. Coralina faminta que estava, toma o café e propõe em fazer um jogo, o jogo de exploração. Ela aceita e pergunta o que pretende procurar, obtendo como resposta, os pais dela.

Teria Coraline encontrado seus pais? Ou teria Coraline tido o mesmo destino das três formas?

Uma das formas havia dito:

"— Se, por acaso — disse uma voz no escuro —, você conseguir salvar seu papai e sua mamãe da bela dama, poderia também libertar nossas almas."

Hum! E qual o sentido dessa pedra? Talvez ela poderia me ajudar.

Todas as respostas para as perguntas e a aventura tenebrosa que Coraline teve, deixo para que vocês descubram. O livro é muito bom, não podia ser diferente, se tratando do livro de Neil Gaiman. Para o público infantil, que está acostumado com rainhas e princesas, essa é uma boa história para sair um pouco do mesmo e se aventurar em outros universos. Corra pegar o seu livro!

Avaliação:   😊😊😊😊😊

Um comentário:

Michele Martins disse...

Só assisti ao filme da Coraline, e achei ótimo, um terrorzinho fofo que encanta e ao mesmo tempo dá aquela sensação de "que coisa sinistra", com certeza não deve ter sido feito só para crianças hehe. Nunca havia pensado nele comparando com Alice, tá aí algo a se pensar. Bela dica de leitura, obrigada!

Meus cantinhos:
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